domingo, 2 de novembro de 2008

Dia de Finados

Muita gente nos cemitérios, chorando à lembrança de um ente querido. Aproveitam para quitar a dívida das prestações atrasadas das manutenções do túmulo. Compram coroas e mais coroas de flores que logo serão roubadas pra servir pra outro finado. Será isso só um sentimento de culpa pela falta de visita dos outros 362 dias. É, porque conta-se mais um pelo aniversário de vida e outro de morte, isso se lembrarem dessas datas.

Não que eu ache que deva existir um apego excessivo à pessoa morta, a vida continua, mas reservar um dia nacional pra isso é que eu não entendo. Isso é delegar ao feriado a função de nos lembrar dos mortos, lembrança que deveria ser natural de cada um.
Será que estamos tão ocupados que precisa-se de um feriado para visitar, ou para pelo menos lembrar, algum falecido? Então me ocorre que não faz sentido algum o Dia de Finados, a não ser para a arrecadação dos cemitérios que aproveitam para vender coroas de flores, água mineral, salgadinho, sanduba, jarros pra flores e coisas do tipo.

Temos que nos acostumar com a morte. A morte não é o fim da vida, a morte é uma parte da vida, e tê-la ao nosso lado é o maior impulso que podemos nos conceder para a concretização das nossas aspirações.

Por enquanto, tudo mais Coeteris Paribus.

Um comentário:

Unknown disse...

Boa reflexão Thi!
Todos os feriados em nosso país estão ligados ao consumismo.